MENDEZ NA ALIANÇA
SEM CENSURA
Á convite do locutor e apresentador do Jornal da Aliança Paulinho Pereira, nós estivemos na sexta-feira (17) na Rádio Aliança levantando algumas questões referentes ao “Serviço Social” desenvolvido em nosso município, em especial as questões que envolvem a Assistência Social, os portadores de deficiência física e a Lei de Acessibilidade. Embora não fosse nosso intuito, em alguns momentos o assunto resvalou em questões de ordem política administrativa, pois quando se fala em Serviço Social, Direitos e Administração Pública, não há como não abordar a política ou politicagem que aqui se faz.
Em São Miguel Arcanjo cuja administração é exercida com o predomínio da ideologia capitalista calcada em uma forma de governo autoritário que procura esconder os problemas sociais tentando manter uma suposta aparência democrática, a ideologia daqueles que sobreviveram ao período ditatorial continua sendo visto como uma constante ameaça aos detentores do poder, em virtude de contrapor-se ao capitalismo, denunciando as mazelas de uma sociedade por ele permeada e apresentar uma nova proposta de administrar o município, outra realidade possível para o futuro dos nossos jovens.
Uma tomada de posição é indispensável, pois de nada valem subterfúgios mascarados de "objetivismo", manter uma visão apolítica dos fenômenos, etc. para ocultar atitudes reacionárias e contrárias aos mais altos interesses de nossa gente.
O que se exige é que os formadores de opinião transmitam mensagens com plena consciência delas. Não podemos admitir ou aceitar tergiversações. É inadmissível pairar num meio termo. Os que escolhem esses caminhos estribados num individualismo que por si só representa uma posição pessoal, incompatível com quem quer comunicar-se, dizer algo de concreto sobre a vida conseguirá apenas transmitir um caos interior, sem atender aos reclamos das massas que exigem algo mais do que palavras vazias.
Em toda atividade humana uma posição se impõe. Ou ficamos com quem caminha para a destruição, ou ficamos com quem surge, com o 'novo'. Qualquer tentativa de neutralismo, de constituição de uma terceira-força será vã, não representando na prática nenhuma alternativa nova, mas sim a forma mais abjeta de um sistema político conservador, contrário à evolução político-social, fraco de ânimo, de energia, de firmeza, de decisão.
Cabe aqui um agradecimento ao locutor Paulo Pereira que nos convidou para participar do noticioso da Rádio Aliança e a direção da emissora por consentir com a nossa presença em seus estúdios. Embora tivéssemos que observar certas restrições em nossos comentários, não se pode afirmar que fomos censurados ou impedidos de expressarmos nossos pensamentos dentro do assunto ali abordado.
Sabemos que um discurso que permeia todo enunciado, objeto e prática, está além da palavra. Contudo, há, por motivos vários, a interdição do discurso. As práticas, sistemas de exclusão, podem vir tanto de fora do discurso para dentro dele quanto pelo sentido contrário e nós podemos nos fazer senhores desta interdição, sendo que um dos métodos externos de exclusão é a palavra proibida. “Palavra Proibida” é aquela palavra que não se pode falar de maneira alguma. Pode estar ligada a um “tabu de objeto” (assunto que não se fala, é evitado) ou a um “ritual de circunstância” (não se pode falar sobre tudo em qualquer lugar e momento).
Os jornais, emissoras de rádio, TV, teatro, etc., quando vítima da censura, são tomados pela prática da interdição de algumas palavras. Pelo tabu de objeto, por exemplo, não se podia citar o país, suas instituições. O fato de eu espontaneamente cortar algumas palavras durante a entrevista não impediu que as minhas idéias e pareceres fossem propagadas.
Outras opiniões e criticas que não pude formular na ocasião, o faço agora através das fotos que ilustram esta matéria. A Lei da Acessibilidade assim com várias outras leis, em São Miguel Arcanjo não são atendidas e se depender desta administração que traz em seu bojo resquícios da ditadura, nunca o serão...
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